Ari Areia

Eu conheço Ari há quase 10 anos. Eram meados de 2011. O local, Theatro José de Alencar. Iniciamos o curso de princípios básicos de teatro. Nosso professor, tutor, mestre, era nada menos que Silvério Pereira.
O Teatro sempre me trouxe amizades maravilhosas !
Eu já tinha visto o Ari em palco, numa apresentação de um festival de esquete com o espetáculo chamado ela Elocubrações.
O espetáculo me impressionou! Mas o que eu não imaginava era a diferença do ator e a pessoa. Um rapaz tímido, com a fala suave.
Quando o Ari chegou no estúdio todas essas lembranças voltaram a memória! Passados quase 10 anos ele era o mesmo. A mesma forma de se movimentar. O mesmo olhar contundente disparado por trás dos óculos. A mesma fala envolvente. O Ari é daquelas pessoas que sentamos para trocar uma ideia e podemos virar a noite conversando sobre tudo.
O curso tinha duração de um ano e era concluído com a apresentação de um espetáculo. o Ari impressionou mais uma vez sendo o autor do texto representamos e também assistente de direção. 
Eu já tinha fotografado o Ari em palco. Mas é muito diferente fazer um retrato.
O Estúdio é uma folha em branco onde fotógrafo e fotografado começam a desenhar sem saber ao certo o resultado final desse desenho. É como um salão de dança onde os passos vão sendo puxados, ora por um, ora por outro. É a experiência do improviso. Como dois atores onde um é escada para a fala do outro.
E assim foi nosso ensaio, ou melhor, nosso encontro registrado pela câmera. Um espetáculo de improvisos alimentados pela emoção/razão, sentimentalismos, risadas, lembranças dolorosas e lembranças maravilhosas. Foi o espetáculo do encontro.
Eu sei que tem muitos amigo fotógrafos que me acompanham. E são sedentos de informações técnicas.
Pensando nisso. Eu vou tentar explicar o processo "técnico" das fotos aqui no final.
Quem me conhece sabe que eu gosto de dar liberdade de movimentação para o fotografado. Por isso eu gosto de usar luzes de grande, que se a pessoa se mover meio metro não vai ter tanta diferença...
Mas quando eu faço retratos eu gosto de deixar a pessoa mais intimista... mais "fechada" no mundo dela... muitas vezes sentada em um banquinho que vai limitar a movimentação...
Quem já fotografou comigo sabe de um "padrão".... eu gosto que a pessoa feche os olhos, respire profundamente, pense em algo que ela ama... e depois de mentalizar, abra os olhos olhando para mim.
Não tem erro. #ficaadica.... o sorriso dos olhos é muito mais verdadeiro do que qualquer canto de boca.
A maior parte das luzes foram feitas com um única luz e um rebatedor. Quando achava importante um fundo mais claro (eu sempre fico variando) tinha uma luz extra apontada para o fundo... 1 ponto... as vezes 1.5 pontos amais que a luz principal...
Fotografar é muito simples quando você deixa de lado o que não importa e foca no que realmente é importante: A relação com as pessoas.
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